No ambiente corporativo moderno, o gerenciamento de riscos corporativos (GRC) desempenha um papel fundamental para garantir o desempenho organizacional e a valorização das ações. O estudo “Efeito do Gerenciamento de Riscos Corporativos no Desempenho Organizacional e na Valorização das Ações em Empresas Brasileiras com ADRs,” realizado por Ralph Fonseca Muniz de Melo e colaboradores, explora essa temática com base no framework COSO ERM 2017, mostrando como o GRC influencia positivamente a performance das empresas.
A Relevância do COSO ERM 2017 no GRC
O COSO ERM 2017 (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission Enterprise Risk Management) é um framework amplamente utilizado que integra o gerenciamento de riscos à estratégia e ao desempenho organizacional. Segundo o estudo, esse framework ajuda as empresas a identificar, avaliar e responder aos riscos de maneira eficaz, contribuindo para a criação e preservação de valor. Além disso, o COSO ERM 2017 destaca a importância de uma visão holística do gerenciamento de riscos, incorporando todos os departamentos e processos organizacionais.
Evidenciação e Desempenho Organizacional
Uma das principais conclusões do estudo é que a evidenciação do gerenciamento de riscos corporativos nos relatórios anuais das empresas tem uma correlação positiva com o desempenho organizacional e a valorização das ações. De acordo com o estudo, empresas que adotam práticas robustas de GRC apresentam melhores resultados financeiros e maior confiança por parte dos investidores. Portanto, o GRC não serve apenas para mitigar riscos, mas também como um fator estratégico para o crescimento sustentável.
Valorização das Ações e Confiança do Mercado
O impacto do GRC na valorização das ações foi outro ponto crucial abordado. Conforme os autores, empresas que evidenciam de forma clara e transparente suas práticas de gerenciamento de riscos tendem a ser mais valorizadas no mercado. Além disso, a confiança dos investidores aumenta, pois a transparência na gestão de riscos reduz a incerteza e a percepção de vulnerabilidade.
Aplicação Prática e Relevância no Brasil
No contexto brasileiro, onde a volatilidade econômica e a complexidade do ambiente de negócios são desafios constantes, a adoção do COSO ERM 2017 se torna ainda mais relevante. Empresas brasileiras com ADRs (American Depositary Receipts), analisadas no estudo, demonstraram que a implementação eficaz do GRC melhora significativamente sua performance no mercado internacional. Dessa forma, o GRC se estabelece como uma prática essencial não apenas para evitar perdas, mas também para alavancar o crescimento e a competitividade global.
Conclusão: Um Olhar para o Futuro
O gerenciamento de riscos corporativos, quando implementado de forma eficaz, vai além da simples mitigação de riscos. Como evidenciado no estudo, ele é um motor para a criação de valor e para a sustentabilidade a longo prazo das organizações. Portanto, as empresas que adotam o COSO ERM 2017 em suas práticas de GRC estão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado.
Referência: Melo, R. F., Nunes, P. R. C., & Rodrigues, R. C. (2023). Efeito do Gerenciamento de Riscos Corporativos no Desempenho Organizacional e na Valorização das Ações em Empresas Brasileiras com ADRs.
Autor
Frederico Hanczaryk
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